06/01/09

As mulheres e a flatulência

É uma hipótese, mais do que uma certeza.
É um ponto de partida para uma reflexão...ora vejam lá.

Relativamente a assuntos relacionados com flatulência as mulheres (o grosso da mulheres, para usar uma imagem que não foge ao tema...) vivem um permanente desconforto.
São elas que nos ensinam que é socialmente desadequado 'dar expressão à natureza' e são elas que não percebem a piada que nós achamos a tudo (a verdade é que é mesmo a tudo!) o que envolva o assunto.
Rimo-nos das anedotas, rimo-nos das cenas em filmes (inesquecível a cena do avô que, depois de um alucinante almoço, faz o seu habitual exercício de 'acondicionamento gasoso' no magistral Armacord, de Fellini - perto do minuto 6 neste excerto)...

...rimo-nos uns dos outros e, na vidinha do dia-a-dia, fazemos por não castigar a tal da natureza tempo demais. Ou seja, a nossa relação com um processo físico natural é bem mais saudável (ainda que talvez menos atraente do ponto de vista olfactivo).
Elas - quem as vê - até parecem diferentes; quando citamos as estatísticas - o ser humano médio 'larga-se' 12 a 18 vezes por dia - dizem: "Oh, que disparate! Isso pode lá ser!".
A nossa relação mais aberta com o assunto permite-nos, quais motoretas alegres, dar um contributozinho diário para aumentar o metano na atmosfera terrestre. Às vezes sentados, às vezes de pé; às vezes com um jeitinho de perna, às vezes acompanhando de forma elegante um abrir de porta. São anos e anos de convivência tranquila com a coisa.
Elas parecem viver em negação permanente. Não dão, acham feio que se dê e - "francamente!" - acham parva qualquer alusão ao tema.
Depois não sabem de onde vem a prisão de ventre, a barriga inchada e outras maleitas que tais...pois não.
Não me voltem a dizer que as mulheres estão mais sintonizadas com a Natureza do que os homens...não voltem...

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