O que é o génio?

De um certo jeito de estar no sofá

Um sofá é um portentoso objecto. De facto, dada uma casa vazia, as duas primeiras coisas a lá colocar são o sofá e o frigorífico. São os dois baluartes do conforto caseiro. O frigorífico guarda a cerveja gelada, o queijo, as azeitonas. O sofá serve de banco, de cadeira, de divã. De cama. Por isso me encantei com esta imagem de arrojo e simplicidade. Sem mensagem que não a da sua própria impossibilidade. O sofá usado da forma mais inesperada, mas nem por isso disparatada. E ainda sobra lugar para mim. Em baixo, claro. Quando chegar o televisor, poderei ainda esticar as pernas neste sofá de dois andares. Quanto à moça, promete esfarrapar o kamasutra.

ok, vamos lá...

Parece que desta é mesmo a sério - a tal da caminhada.
Não deu para fugir à coisa mais tempo.
Caminhada, sim senhor.
Com botas, calças (sim, desta vez, não há calções daqueles tipo safari com bolsinhos dos lados - esses só servem para ir ao supermercado!) e muita água.
Teremos a presença de três aniversariantes (um deles muito recente) e teremos entre nós uma pessoa com metabolismo orgânico mais dado à fermentação rápida, razão pela qual seguirá ordeiramente em último lugar na fila...
Domingo, lá longe, muito longe. Perto de Espanha, onde ninguém nos conhece, o que dará jeito quando eventualmente desistirmos em favor de uma esplanada e de uns príncipes.
Eu não estou aqui para enganar ninguém...já antes disse que sou mais de piqueniques...e em se tratando de caminhadas, se tiver mesmo que ser, só me verão um sorriso se fore orientado por guias experimentadas...

Bolicao

Sei que sai do tema, mas apeteceu-me. Doutores...

Manara (em resposta a um desafio)

Porque as mulheres se querem perfeitas, e perfeitas não as há, sobra a cadência de um risco que verte da imaginação as mais belas das mais belas. Sem silicone, sem idade, sem passado, sem abuso. Se um dia me fizerem uma mulher artificial, quero uma Manara, de longas pernas e perfeitos cabelos. Quero um traço ideal com o peso do papel. A cores ou a preto e branco. Quero uma mulher que se acenda num clique. Quero uma mulher que me explique sentando-se porque lhe chamam Miel. Se fosse eu que mandasse, colocava Manara à direita de Deus desenhando mulheres.

O mito da flexibilidade

Tendo-se feito aqui história, no post anterior, com o desmoronar de um mito, lá se ganha coragem para avançar contra outro - quiçá mais hirto [ :) ] - o do melhorado desempenho sexual das mulheres mais ginasticadas.
É um mito que nos persegue desde a adolescência - avançou paulatino ainda na puberdade, quando passámos tardes e tardes de Verão a ver desempenhos de ginástica e de natação sincronizada nos jogos olímpicos do Misha, e prosperou ano após ano com base em histórias lidas, ouvidas ou simplesmente sonhadas.
É um mito que não necessitou nunca de grandes provas factuais - era só olhar para elas, revirando partes inteiras de corpos firmes [ :) ], torcendo e contorcendo com suavidade, abrindo e fechando articulações...era só olhar bem para elas.


Como é que uma mais roliça e pesadinha podia alguma vez fazer aquilo...enquanto fazia aquilo?
Nem pensar.
Daaasss!
Nunca!
Está bem de ver, as flexíveis é que tinham um imenso potencial. Até tinhamos todos uma piada de bolso sempre pronta a entrar em qualquer conversa - a da tailandesa que cabia numa malinha de mão e podia levar-se para qualquer lado.
Tudo construções em cima de construções.
Apesar dos anos passados e da experiência de cada um o mito lá permance, à maneira da canção do Elton e não há quem lhe faça frente. Nem mesmo um amigo que eu tenho e que tem uma paleta de interesses mais chegada à chicha. Ele bem sabe do que gosta, mas guarda segredo. Guardamos todos. E enquanto isso lá nos mostramos deliciados com as maravilhas do contorcionismo. E lá nos preparamos para mais uns Jogos Olímpicos.

Silicone Valley

Motivado pela elevada discussão deste último jantar da próstata em que, perplexos, ouvimos um perplexo confessar que já tinha degustado várias vezes as delícias de um implante de silicone, surgiu-me a pergunta: o silicone, realmente existe?

Serão aquelas magnificas visões de ideias brilhantes apontadas sempre bem em frente, reais, ou apenas uma ilusão provocada por cérebros torturados durante vários anos?
Não. Tenho a certeza que não. Trata-se de mais um em(buste) feminino. O pior de todos, o mais preverso. Daí a importância deste post, pela revelação bombástica: o silicone não existe. Aquelas mocinhas nasceram assim, e são obrigadas a assinar uma declaração quando atingem a puberdade em que desmentem que são possuidoras de uma benção natural.
Surge assim o mito do silicone. Para salvaguardar o grupo maioritário de mulheres que não nasceu abençoado, condenadas para todo o sempre às leis universais da gravidade. Sim, o silicone é uma invenção do status feminino maioritário vigente para se proteger de excepções que apontam bem mais longe. O silicone...é o grande embuste dos nossos tempos, o segredo mais bem guardado da nossa era. É, portanto nosso dever, perplexos, libertar essas pobres moças das grilhetas da opressão, mostrando-se ao mundo como nasceram: livres!



(PS: Achei que por forma a tornar o alcance deste post ainda mais abrangente talvez não fosse errado de todo fazê-lo acompanhar de uma singela ilustração...ela aí está...e só me ocorre uma legenda: "testing, testing...one, two..." - perplexo1)

Entretanto, continuamos a conspiração em segredo, em jantares também libertadores, onde, por breves momentos, o silicone fica indubitavelmente natural.

"Next Life" por Woody Allen

"In my next life I want to live my life backwards. You start out dead and get that out of the way. Then you wake up in an old people's home feeling better every day. You get kicked out for being too healthy, go collect your pension, and then when you start work, you get a gold watch and a party on your first day. You work for 40 years until you're young enough to enjoy your retirement. You party, drink alcohol, and are generally promiscuous, then you are ready for high school. You then go to primary school, you become a kid, you play. You have no responsibilities, you become a baby until you are born. And then you spend your last 9 months floating in luxurious spa-like conditions with central heating and room service on tap, larger quarters every day and then Voila! You finish off as an orgasm!"

Tudo pronto?

Então, gente jovem, que tal?
Tudo animado?
Tudo pronto para a jantarada dos amigos da próstata?

Anos...anos de idade

Um de nós, um perplexo, faz hoje anos.
Faz mais de 30 e menos de 50.
Ele é mesmo como diz aquela música dos Da Vinci, um homem que já foi ao Brasil, Praia e Bissau, Angola, Moçambique, Goa e Macau...
Foi, viu e fez por ser muito pouco visto.
O nosso perplexo aniversariante, homem de exuberância controlada, contador de histórias, amante do vinho bom e do cú rijo.
Um senhor!
Parabéns P ( de Perplexo!).
Aí fica uma prendinha...